Traduzido por
Helena OSORIO

Publicado em
23 de maio de 2025

O gigante americano do comércio eletrónico de moda, Revolve Group, terá adquirido os ativos relacionados com a propriedade intelectual da Dion Lee, poucos meses depois de a marca de luxo australiana homónima ter anunciado planos para encerrar a sua atividade, por não ter conseguido atrair um comprador.

De acordo com a imprensa australiana, o Revolve Group, com sede em Los Angeles, que gere as plataformas de comércio eletrónico multimarcas de luxo Revolve e Fwrd, adquiriu os ativos da marca fundada em Sidney por um montante não revelado, tendo um dos meios de comunicação social referido que o valor da venda foi inferior a 1 milhão de dólares.

Desde o ano passado, Antony Resnick, da empresa australiana de insolvência DVT Group, tem procurado encontrar um comprador para a marca de moda, agora sedeada em Nova Iorque, que declarou falência em maio passado, na sequência da retirada da participação no negócio por parte do grande investidor Cue Clothing. Na altura da insolvência, a marca tinha um passivo total de 35 milhões de dólares, incluindo um empréstimo de 20 milhões de dólares da Cue Clothing.

De acordo com os meios de comunicação social, os administradores venderam mais de 40.000 artigos Dion Lee com um grande desconto no segundo semestre de 2024 para recuperar 9 milhões de dólares de dívidas.

Em novembro, Resnick anunciou que não foi possível encontrar um comprador ou investidor salvador e que a Dion Lee encerraria definitivamente no final de 2024.

Agora, com o resgate da Revolve, acredita-se que o designer Dion Lee continuará como diretor criativo da marca.

Tanto Dion Lee como a Revolve ainda não confirmaram a notícia.

Dion Lee fundou a sua marca de moda epónima em 2009. Em 2013, a marca e retalhista australiana Cue adquiriu uma parte importante da Dion Lee e, um ano mais tarde, a marca foi apresentada na New York Fashion Week, onde se manteve até à temporada de primavera-verão 2024.

No início deste mês, a Revolve Group, empresa-mãe da Dion Lee, afirmou que as vendas do primeiro trimestre aumentaram 10%, para 296,7 milhões de dólares, graças ao crescimento em todos os canais da marca e regiões geográficas.