7 atitudes dos pais para criar adultos mais felizes
Todo pai ou mãe quer que seu filho cresça feliz. Embora nem tudo dependa dos pais, algumas atitudes podem, sim, impactar na felicidade das crianças. "Experiências na infância moldam a arquitetura cerebral e o desenvolvimento emocional. Pais que oferecem segurança, estrutura, previsibilidade e oportunidades de crescimento ajudam a criança a desenvolver resiliência, autoestima e habilidades sociais. Essas são ferramentas internas que ela usará para construir relacionamentos saudáveis, buscar propósitos e enfrentar adversidades, contribuindo diretamente para sua felicidade", explica William Borghetti, especialista em neurociência.
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Segundo Katherine Sorroche, psicóloga especialista em parentalidade e primeira infância, filhos mais felizes não são, necessariamente, filhos que têm tudo. "Mas, sim, filhos que se sentem vistos, escutados e amados por quem cuida deles. A felicidade na infância nasce, sobretudo, da conexão emocional com os pais e do ambiente afetivo que se constrói em casa", explica.
Vale destacar que isso não depende de grandes eventos ou de uma rotina perfeita. "Pequenos gestos do dia a dia contribuem para a criança se sentir segura e valorizada", destaca a psicóloga Larissa Fonseca, membro da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP). Para ajudar, os especialistas separaram 7 atitudes dos pais que ajudar os filhos a se tornarem adultos mais felizes. Confira!
Estar de fato disponível emocionalmente, mesmo que por pouco tempo, faz mais diferença do que muitas horas em piloto automático. Pode ser tão simples quanto guardar o celular por alguns minutos e olhar nos olhos do seu filho enquanto ele conta algo importante para você.
Quando uma criança acredita que pode expressar o que sente, que será acolhida e não repreendida, ela aprende a confiar nos outros e em si mesma. A escuta respeitosa acontece quando você se interessa genuinamente pelo que ele sente, mesmo que pareça algo “pequeno” aos olhos de um adulto.
Validar as emoções e oferecer segurança afetiva também é fundamental. Isso ensina à criança que tudo o que ela sente importa — e que ela pode aprender a lidar com esses sentimentos de forma saudável. Em vez de tentar rapidamente distrair ou minimizar o sentimento, diga algo como: "Eu entendo que você está triste, e eu estou aqui com você".
Caso tenham brigas -- o que é quase inevitável -- busque fazer a reparação de forma respeitosa, com um pedido sincero de desculpas depois que o momento de estresse passar. Isso nos ensina sobre respeito e confiança.
Pais que se permitem ser humanos, que reparam quando erram, mostram que o amor não exige perfeição, mas sim vínculo, cuidado e verdade. Isso é extremamente libertador para uma criança. Reconhecer suas falhas ou pedir desculpas quando comete um erro, por exemplo, é uma forma de ensinar empatia e humanidade para os filhos.
Crianças precisam de regras e limites para se sentirem seguras e terem a sensação de previsibilidade. Dizer "sim" para tudo não é o mais saudável, isso fará com que seu filho tenha dificuldade de lidar com frustrações no futuro. Não é nada agradável negar algo à criança, as é importante saber dizer "não" de vez em quando. Mas, lembre-se de sempre manter o afeto, sendo claro até onde é possível ir ou qual foi o erro.
Valorize quem a criança é — e não só o que ela faz. Isso significa reconhecer suas qualidades, seus esforços, suas preferências e seu jeito único de ser, sem exigir que ela atenda a expectativas irreais ou padrões de desempenho o tempo todo. Além de trazer mais alegria para o pequeno, também irá incentivar a autonomia.
Uma criança que cresce ao lado de adultos emocionalmente disponíveis e com equilíbrio interno tem muito mais chance de desenvolver autoestima, leveza e segurança para ser feliz do seu próprio jeito. Por isso, é fundamental que os pais cuidem da própria saúde mental.